A Pesquisa

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Articulação Quilombola
Terreiros

Projeto: Perfil Fotoetonográfico das Populações Quilombolas do Submédio São Francisco: identidades em Movimento (2012 - )



Foto: Márcia Guena

Objetivo Geral

Este projeto tem por objetivo, na primeira etapa, realizar o perfil fotoetnográfico das populações quilombolas da região do submédio São Francisco e, na segunda etapa discutir a construção das identidades na região a partir do patrimônio cultural destas mesmas populações. No contato com as comunidades, respeitando as suas especificidades e o nível de politização de cada uma, esperamos que a construção desses perfis contribuam para a concretização de propostas de reconhecimento enquanto comunidades quilombolas frente ao poder público. Assim, também faz parte do objetivo geral levar elementos para o estabelecimento de um marco institucional das comunidades, tanto com o discurso fotoetnográfico como com a facilitação da articulação com entidades competentes de regulação.

A metodogologia principal será a fotogetnogorafia, ancorada na antropologia visual, além disso o trabalho também recorrerá à entrevistas abertas com sujeitos destas comunidades a fim de traçar a história desses grupos na região.  

Justificativa


A região do submédio São Francisco engloba as áreas dos “estados da Bahia e Pernambuco, estendendo-se de Remanso até a cidade de Paulo Afonso (BA), e incluindo as sub-bacias dos rios Pajeú, Tourão e Vargem, além da sub-bacia do rio Moxotó, último afluente da margem esquerda. Pelas cidades de Juazeiro e Paulo Afonso, na Bahia; Petrolina, Ouricuri e Serra Talhada, em Pernambuco”. (CODEVASF, 2009). Neste perímetro, segundo a Fundação Palmares (2009) estão concentradas 17 comunidades quilombolas, representando, portanto, uma herança cultural inestimável para a região.

O projeto “Perfil fotoetnográfico das populações quilombolas da região do submédio São Francisco: identidades em movimento” percebe a importância de localizar essas populações, identificadas através da imagem e de suas histórias, para em seguida traçar relações com as construções identitárias na região. As leituras preliminares apontam algumas pistas para o confinamento dessas culturas em seus locais de origem. Inicialmente a condição marginalidade das populações africanas ou de origem africanas saídas da escravidão, condição que se perpetuou ao longo do século XX; e segundo os conflitos de terra, marcantes na região, nos quais essas populações continuam sendo empurradas de seus locais de origem. Assim, traçar esse pefil significa inicialmente dar visibilidade a esse conjunto populacional, mostrando a força e a pujança dessas culturas e apontando novas possibilidades de investigação. Em segundo momento, pretende-se contribuir com a discussão sobre a construção da identidade na região a partir desse grupo étnico, proporcionando elementos de reflexão e, novamente, visibilidade ao papel dos quilombos da região.

Financiamentos e apoios

Esta pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que mantem dois bolsistas de iniciação científica e pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), universidade à qual os pesquisadores estão vinculados e da qual recebem apoio através do Edital de financiamento de grupo de pesquisas PROFORTE. 

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