Articulação Quilombola apresenta projeto durante o II Congresso de Extensão da UNEB na comunidade Quilombo do Agreste, em Seabra

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 O Projeto de Extensão Articulação Quilombola, levou para o II Céu, as experiências de 12 anos desenvolvidas junto à comunidades quilombolas do submédio São Francisco, que engloba as cidades de Juazeiro e Petrolina. 

Alunos e professores da UNEB participaram, assim como a professora Drª Márcia Guena, coordenadora do projeto, e a bolsista Roseane Pereira, representantes do Projeto de Extensão da Articulação Quilombola. Durante uma roda de conversa no quilombo, eles apresentaram e compartilharam experiências do respectivo com os moradores. A Articulação Quilombola - vinculado a UNEB, em Juazeiro e que reúne várias instituições da região também engloba os resultados do Projeto de Pesquisa "Perfil Fotoetnográfico das populações quilombolas da região do submédio do São Francisco: Identidades em Movimento", iniciado em 2011, com a coordenação da mesma docente e a participação de vários bolsistas.

O projeto foi apresentado na comunidade quilombola, Quilombo do Agreste, localizada na Chapada Diamantina. 


Nos dias 26 e 27, estudantes e professoras do  campus III da UNEB participaram do segundo congresso de extensão universitária em Seabra, na Chapada Diamantina. O congresso, organizado pela Pró Reitoria de Extensão (PROEX) , é um espaço de discussão e debate sobre temas emergentes relacionados à extensão universitária e seus desafios atuais. A extensão universitária desempenha um papel único na relação entre a universidade e a sociedade, principalmente na UNEB, devido à sua atuação em diversos campi, sendo uma dimensão acadêmica indissociável do ensino e da pesquisa.


O quilombo do Agreste


O Quilombo Agreste, localizado em Seabra, na Chapada Diamantina, é habitado por cerca de 100 pessoas que enfrentam dificuldades diárias em busca de melhorias e valorização. Essa comunidade quilombola é uma das mais antigas da região e possui uma história rica de lutas e resistência.


De acordo com Marlene Santana, moradora e líder da comunidade Agreste II, a história do quilombo é marcada por batalhas  resistência. Júlio Compertino, conhecido como Zumbi pelas comunidades quilombolas, foi uma figura importante na luta pelos direitos dos quilombolas em Seabra. "Ele deixou um legado de lutas e ações que inspiram os moradores do Agreste até hoje", enfatiza Marlene.


Um dos principais desafios enfrentados pela comunidade é a falta de infraestrutura. A estrada que dá acesso ao quilombo precisa ser reparada e é uma das preocupações dos moradores. Além disso, a comunidade enfrenta cortes de recursos destinados às políticas públicas voltadas para eles. "Infelizmente, não somos reconhecidos como deveríamos, por isso é importante unirmos forças para que os governantes percebam que também precisamos de direitos básicos", relata Thiago Oliveira, jovem líder da comunidade Agreste I.


Os moradores acreditam que os quilombos devem ser ouvidos e que é necessário haver mais políticas públicas voltadas para suas realidades. A visita do projeto de extensão da UNEB trouxe visibilidade e uma perspectiva diferente para aqueles que presenciaram esse momento, proporcionando um maior conhecimento sobre a cultura afro-brasileira aos universitários e presentes.





Texto: Roseane Pereira






 Foto: Roseane Pereira
 Foto: Roseane Pereira

 Foto: Roseane Pereira





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