III Escola Feminista da Via Campesina fortalece mulheres e impulsiona ações unificadas

0 Comentários

 


Por: Arlla Katherine 

Realizada de 10 a 14 de  julho de 2023, a III Escola Feminista da Via Campesina, reúne mulheres dirigentes dos movimentos e organizações que compõem a Via Campesina Brasil. Com o objetivo de promover a formação, a articulação e a organização das mulheres, a escola traz como propostas aprofundar a compreensão dos desafios da conjuntura atual e projetar
ações unificadas.

Foto: Arlla Katherine

A formação e o estudo são aspectos fundamentais da programação, bem como o planejamento e as ações das mulheres do campo, das águas e das florestas. Reconhecendo isso, a III Escola Feminista, que tem como mote “Feminismo camponês e popular se constrói também com o protagonismo de mulheres Lésbicas, Bissexuais e Transexuais, busca oferecer ferramentas para uma leitura unitária da realidade, fortalecendo a atuação das mulheres em seus movimentos e espaços coletivos.

Além disso, o evento dedica-se à reflexão sobre o papel estratégico da Via Campesina na luta de classes e nos coletivos, resgatando a elaboração coletiva do Feminismo Camponês Popular como uma importante estratégia dos povos do campo, das florestas e das águas.

Foto: Arlla Katherine

A escola está planejada metodologicamente para atender às mulheres dirigentes das organizações que compõem a Via Campesina Brasil. A participação dessas mulheres é crucial para o fortalecimento da luta feminista e para a construção de uma ação conjunta mais efetiva.

Por meio do compartilhamento de conhecimentos, experiências e reflexões, a escola se propõe como um importante espaço de discussão sobre uma maior unidade e coesão entre as mulheres, de forma a impulsionar as lutas em prol de melhores condições de vida e trabalho. A III Escola Feminista reafirma, assim, o comprometimento em promover a igualdade de gênero e fortalecer a participação das mulheres nos processos de decisão e transformação social.

A Escola surge como um marco histórico na reafirmação das identidades LBTs, em um momento de salientar a importância do feminismo camponês e popular, abrangendo mulheres lésbicas, transexuais e bissexuais.

Para Dê Silva, do Coletivo LGBTI da Via Campesina Brasil “há uma necessidade premente de fortalecer as discussões sobre o feminismo camponês e popular, integrando as mulheres no processo de construção coletiva. Esse movimento nasce das experiências cotidianas das mulheres da classe trabalhadora e deve ser fortalecido dentro de nossas organizações. Por meio do feminismo camponês e popular, buscamos compreender a diversidade das mulheres e reconhecer a importância de estarmos unidas, valorizando nossas diferenças.

Foto: Arlla Katherine

Segundo Dê, é fundamental considerar questões como feminismo e campesinato, e a produção de alimentos saudáveis. Com esse entendimento, podemos retomar o debate sobre o tipo de campesinato e o tipo de campo que almejamos, aliado a uma produção de alimentos saudáveis em territórios e corpos livres. Se produzimos alimentos saudáveis, é fundamental que eles também sejam livres de violência contra todas as mulheres, sejam elas cis, bissexuais, transexuais ou lésbicas.

Por meio do encontro, lideranças dos movimentos que compõem a Via Campesina Brasil buscam fortalecer a luta e garantir que todas as mulheres sejam reconhecidas em suas diversidades e respeitadas em suas singularidades.



Você também pode gostar

Nenhum comentário: