Grupo de articulação Quilombola elaborou em novembro estratégias para 2019

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As comunidades quilombolas de Juazeiro e Casa Nova apontaram que a falta de acesso a saúde, a ausência de escolas e de água tratada são alguns dos principais problemas enfrentados por elas. Na Comunidade Sitio Lagoinha, a falta de energia elétrica e água encanada tem sido um grande impedimento para o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade.
A reuniao realizada no dia 18 de novembro de 2018, na sala multimídia do Departamento de Ciências Humanas (DCH), da Universidade do Estado da Bahia reuniu as comunidades quilombolas do Rodeadouro, Alagadiço, Barrinha da Conceição, de Juazeiro, e Sitio Lagoinha, de Casa Nova. Além das comunidades, várias instituições compareceram: o SAAE, a representante da Secretaria de Saúde de Juazeiro, Clenilda, da Secretaria de Desenvolvimento, Mulher e Diversidade, Diretoria de Diversidade, Luana Rodrigues, Nilton Almeida, Diretor de Extensão da Univasf, o professor Juracy Marques da Uneb, Nicola Andrian, pós-doutorando da UNEB, O Coletivo de Assesoria Popular, Luiz Gama (CAJUP) e várias estudantes vinculadas ao grupo.
A presidente da Associação Quilombola do Rodeadouro falou da grande dificuldade de acesso à saúde, o que foi acentuado por Dona Ovídia, pois o único posto da Lagoa atende a cinco comunidades. O grupo quer a implantação de um posto de saúde na comunidade do Rodeadouro.
Gregório dos Santos, presidente da Associação Quilombola do Alagadiço, além da saúde, apontou para o problema da falta de água potável e de uma caixa que abasteça toda a comunidade, de acordo com suas necessidades. Disse ainda, que o vizinho, grande proprietário de terras que vem ameaçando a comunidade, não quer que a água seja adequadamente distribuída.
Em Sitio Lagoinha, a comunidade enfrenta problemas com fornecimento de energia elétrica e água encanada, pois o sistema de energia solar e de cisternas não permitem a implantação de bombas para irrigação ou outras mecanismos importantes para o desenvolvimento agrícola. O presidente da Associação José Henrique dos Santos disse que a comunidade tem se reunido mensalmente e conquistado importantes vitórias: como a conquista do edital Bahia Produtiva; a realização em novembro do Fórum de Igualdade Racial; e uma escola de Educação de Jovens e Adultos.
Clenilda, representante da secretaria de saúde, relatou as ações já realizadas na comunidade do Alagadiço, com a caravana da saúde e que em 2019 desenvolverá um programa de desenvolvimento da saúde da população negra.
O diretor de Extensão da Univasf, Nilton Almeida, impulsionará um programa de estagios que consiga atender as demandas das comunidades, em parceria com as secretarias municipais. Já o Coletivo Luiz Gama fará um planejamento de oficinas que atendam as demandas das comunidades, O representante do SAAE se comprometeu a regularizar a coleta de lixo nas comunidades de Juazeiro.

Os principais encaminhamentos das reunião foram os seguintes:

1. Criar um posto de saúde no Rodeadouro;
2. Criação de uma escola infantil no Alagadiço;
3. Fazer um projeto na área de saúde pensando no PSF;
4. Organizar a coordenação do Grupo de Articulação Quilombola;
5. Realização de um censo nas comunidades quilombolas;
6. Realização de um programa de estágios na Univasf que atende as necessidades das comunidades quilombolas.



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