Comunidade Quilombola Alagadiço

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Foto: Márcia Guena

Foto: Raryana Wenethya
Ana Carla Nunes


A Comunidade Quilombola Alagadiço fica a cerca de 20 quilômetros do centro de Juazeiro, extremo norte da Bahia, depois da comunidade do Rodeador. Com cerca de 30 famílias, a fonte de renda principal era a agricultura familiar e a pecuária, no entanto muitas famílias venderam suas terras, muitas localizadas às margens do Rio São Francisco e uma outra parte, na parte mais externa da comunidade.



Deste modo, hoje os moradores do Alagadiço vivem em um pequeno lote de terra, cujas casas são em grande parte de enchimento e taipa. Em um espaço que se assemelha a um corredor. No território da comunidade há uma escola desativada e uma igreja católica. Não existe posto de saúde e caso alguém necessite de atendimento médico tem que se deslocar até a cidade de Juazeiro.



Foto: Raryana Wenethya
Segundo dona Vino, uma das moradoras mais velhas da comunidade, a comunidade tem lutado para manter a terra, sempre sofrendo ameças de proprietários, que muitas vezes utilizam armas de fogo, ameaçando os moradores. A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA já fez um importante levantamento da comunidade, que contou com a participação de todos, inclusive com registro em vídeo. Segundo a professora Edonilce Barros, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus de Juazeiro, ela foi uma das coordenadoras do projeto e foi um momento importante de comunicação comunitária. 


O que está muito claro na história dessa comunidade quilombola é que o espaço ocupado hoje pelos moradores não corresponde à área que ocupavam originalmente, em decorrência de processos diversos de ocupação externa da terra.  Os terrenos as margens do rio ficaram isolados, não permitindo o acesso livre ao Rio, o que dificulta a relação da comunidade com o São Francisco. .




Foto: Raryana Wenethya


Foto: Raryana Wenethya



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