Uma nova reunião, marcada para o próximo dia 15 de abril, pode ser decisiva para por um termo ao impasse entre a Marinha brasileira  e os moradores do Quilombo Rio dos Macacos, comunidade localizada na Base Naval de Aratu, município de Simões Filho (BA). De acordo com informações do Ministério Público Federal na Bahia (MPF), os quilombolas têm até essa data para analisar a nova proposta oferecida pelo governo. O conflito entre as partes se deve à tentativa da Marinha de retirar a comunidade da região que habitam há mais de duzentos anos.

De acordo com os procuradores responsáveis pela mediação do conflito – Leandro Nunes (MPF-BA) e Walter Claudius, representante da 6ª Câmara de Coordenação -, o prazo, estendido na última reunião, dia 11 de março, serviu para que os habitantes da comunidade tivessem tempo hábil para conhecer melhor e discutir a proposta.

Histórico - Na última reunião, o MPF determinou que novas propostas fossem detalhadas e formalizadas por meio de ofício ao ministério e à comunidade, buscando assegurar os direitos dos moradores.

A oferta atual garante a permanência da maior parte dos quilombolas onde residem atualmente, além da manutenção de áreas onde já cultivam, algo que ainda não havia sido contemplado em reuniões anteriores.

Além disso, de acordo com o Ministério Público, o governo se compromete a construir uma estrada para que os quilombolas tenham acesso independente ao território, já que atualmente a entrada utilizada é a portaria controlada pela Marinha – palco de recentes conflitos entre oficiais e quilombolas.

A expectativa do MPF é que as partes encontrem um desfecho justo ainda no primeiro semestre de 2014, e a reunião de 15 de abril será determinante. Caso isso aconteça, a União deverá desistir das ações judiciais que já determinaram a remoção da comunidade do local.

Fonte: http://www.koinonia.org.br/oq/noticias-detalhes.asp?cod=13122