Raimundo Mota de Souza: mais um líder quilombola assassinado

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O assassinato covarde do militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), José Raimundo Mota de Souza Junior, da comunidade quilombola Jibóia, município de Antonio Gonçalves, Bahia, traz perplexidade diante de tanta brutalidade direcionada aqueles que estão no campo lutando por direitos, há muitos e muitos anos. Uma violência que cresce na mesma velocidade que o conservadorismo que tomou conta do país. As populações camponesas, negras, quilombolas, que lutam pelo direito a terra e a sua ancestralidade estão na mira dessas forças. 
Morre jovem, aos 38 anos, dentro de uma família
de dez irmãos.  O site da Comissão Pastoral da Terra (CPT) publicou o seguinte relato: "De acordo com familiares, ontem (13/07/2017), por volta das 16h, enquanto Junior trabalhava na roça junto com um dos seus irmãos e sobrinhos que se encontravam mais distantes, foram surpreendidos por um carro preto com quatro homens armados que já desceram atirando em Junior. Ao mesmo teve a cabeça esmagada, sendo atingido por mais de dez tiros, enquanto seu irmão foi agredido com socos, sendo obrigado a se deitar no chão, pisoteado na cabeça, sob ameaça de também ser morto caso se movesse. Segundo informações, os assassinos saíram atirando para cima e fugiram com tranquilidade".
Em 2016 outra liderança quilombola,  “João Bigode”, da comunidade quilombola de Santana, no mesmo município, também foi assassinado.
É importante lutar para que esse crime não fique impune e que os direitos conquistados pelo movimento quilombola não se perca em um só rabisco.  O cenário político é de retomada das forças e das bandeiras!



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